segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

RESENHA: A Lagoa Azul - Henry de Vere Stacpoole


Autor: Henry de Vere Stacpoole
Editora: Globo
Título original: The Blue Lagoon
Nº de páginas: 266
Ano de publicação: 1986

"A lua atravessou o mar e o recife. Iluminou a laguna, os corais, os leitos de areia e os peixes que com as barbatanas quebraram em mil pedaços a sua imagem refletida no espelho polido da água. Tudo aconteceu exatamente como se passam os assuntos amorosos dos pássaros. Foi tão natural, tão casto, que não houve pecado. De repente a vida se transformara. O céu e o mar estavam mais límpidos, e por um poder mágico, eles faziam parte um do outro."


Não sei se alguém já leu este livro, mas acho que eu não conheço ninguém que não tenha assistido o filme A Lagoa Azul, que passava quase sempre nas sessões da tarde da Globo. Acho até que era um dos filmes que mais repetia. Eu mesmo assisti várias vezes. Ah! Os adolescentes românticos...

Então! Uma tarde destas, fui visitar minha querida tia, e como sempre faço, fico dando uma olhadela nos livros de sua estante (e que estante! Livros e mais livros), quando me deparo com este Livro A Lagoa Azul. Com toda a certeza fui arremessada de volta a adolescência da sessão da tarde, e mais que depressa comecei a ler as primeiras páginas...

Pedi emprestado, é claro! Fui devorando suas páginas, com muito cuidado, já que o livro era tão velhinho, com suas páginas amareladas pelo tempo. Mas digo que valeu a pena a leitura. Adoro livros antigos!

A Lagoa Azul conta a história de Dick e Emelina Lestrange.  Duas crianças de 8 anos, primos, que sobrevivem a um naufrágio no Pacífico Sul. As crianças e o Sr. Paddy Button se salvam e vão parar em uma ilha tropical paradisíaca. Paddy cuida das crianças com todo o cuidado que pode, mas ao encontrar um velho barril de bebida (rum), se embriaga e acaba morrendo.

Sozinhos, Dick e Emelina decidem ir para o outro lado da ilha, tendado esquecer a morte do amigo. Mas os Sr. Paddy sempre disse a eles que a "lei" era de jamais irem para o outro lado, já que em uma de suas andanças ele encontrou vestígios de restos de sacrifícios humanos, mas disse as crianças que era o bicho papão que morava lá.

Os anos passam, sem que eles tenham visto o "bicho papão", e suas vidas são aos poucos sendo construídas naquela ilha.  Eles vivem em sua cabana, passando os dias juntos, pescando, nadando, colhendo frutas nativas e cada vez mais se sentindo parte daquela natureza toda. 

Conforme crescem, Dick e Emelina começam naturalmente a se olharem de forma diferente, com certo interesse pelo corpo um do outro, aflorando os desejos. Começam a prestar atenção nos pássaros que se acasalam, que se bicam como um beijo, na natureza ao seu redor.

Um amor inocente surge dia após dia, e Emelina e Dick se entregam ao amor de corpo e alma sem nenhuma maldade, sem nenhum pecado. Diante da natureza que os cerca os desejos são aflorados, e o sexo é naturalmente descoberto.

Tempo depois, um navio aparece pela primeira vez em anos. Dick deseja ir embora, mas o desejo de Emelina é de ficar, e ela então não acende o sinal de fogo, uma grande pilha de madeiras construída por Dick. Como resultado, o navio passa sem notá-los. A fúria de Dick é tanta que o leva a expulsar Emelina da cabana. Mas a briga acaba após Emelina quase morrer ao pisar em um peixe, e ter uma forte febre,e então Dick admite ter medo de perdê-la e a perdoa.

Diante dos seus encontros "amorosos" constantes, Emelina fica grávida. Mas não conhecendo a verdade sobre o parto nem como os bebês são feitos, simplesmente acabam achando que as mudanças físicas no corpo de Emelina são por ela esta engordando.

Uma noite Emelina desaparece, enquanto Dick testemunha um sacrifício humano cometido pelos nativos de uma outra ilha no santuário ídolo que descobriram. Quando foge, Dick ouve Emelina gritar e segue o som a tempo de ajudá-la a dar à luz a um menino. Mais tarde, frustrada por não saber como alimentar o bebê, Emelina o segura nos braços para acalmar seu choro, e aprende a alimentá-lo instintivamente. Os jovens pais passam o tempo brincando com o filho à medida que ele cresce, ensinando-o a nadar, pescar e construir coisas e criando-o alegremente. Eles então o chamam de Ana (nome que Emelina se lembra de quando viu um bebê pela última vez). Mas não sabem que Ana é nome de menina e não de menino.

Bom, tem mais da história, mas é melhor eu não contar tudo. Pode ser que alguém  ainda...rs... não a conheça. Já que hoje não passa mais A Lagoa Azul na sessão da tarde.

Quem tiver a oportunidade, leia. Aposto que vão gostar. E aos que já viram o filme, leiam também. É bem interessante descobrir momentos que não foram contados e outros que foram totalmente mudados.


15 comentários:

  1. Ahhh, que legal, não sabia que tinha o livro... o filme acho que não existe um brasileiro que não tenha assistido, hahaha. Nossa, deve ter sido um dos que mais passou na televisão.

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  2. Sabe me dizer se tem em algum lugar o livro em ebook??

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    Respostas
    1. Oi Isabela!!!

      O meu exemplar eu achei em um Sebo, mas pesquisei na net e achei em pdf... me passa um e-mail que te envio.

      Beijos
      Nina Lauren

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    2. Oi Nina. Vc poderia mandar pra mim também esse livro? paulofelix_dupeixe@hotmail.com


      Desde já te agradeço

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    3. Poderias passar pra mim também, Nina? Meu email: paulofelix_dupeixe@hotmail.com


      Desde já agradeço-te

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    4. Oi Nina. Vc poderia mandar pra mim também esse livro? paulofelix_dupeixe@hotmail.com


      Desde já te agradeço

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    5. Oi Nina manda o pdf pra mim tb, por favor! Só achei em ingles! Obrigado(a)
      re_affonso2@hotmail.com

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    6. Manda pra mim tbm, por favor?!
      re_affonso2@hotmail.com

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    7. Oi manda pra mim?
      nathalia_vasconcelos97@hotmail.com

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    8. Me envia?
      nicoleprincess063@gmail.com

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  3. Eu assisti esse filme um milhão de vezes na sessão da tarde em todas suas versões, e amo cada uma delas, é uma estória de amor muito linda entre esses dois jovens, além de ser bem triste por causa da perda deles, se não me engano em uma das versões a mãe deles vive com eles por um tempo na ilha e acaba morrendo, na outra é o pai ou o capitão do navio, não lembro bem, já que faz anos que a globo não o exibe novamente. Eu realmente não sabia que existia um livro, agora vou atrás para comprar, necessito muito dele.

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  4. Ola Nina,
    Eu já vi tanto esse filme que já perdi a conta. Mas nunca tive a oportunidade de ler o livro.
    Quem sabe eu acho em algum sebo né.
    Parabéns pela resenha.
    O blog está ótimo!
    Beijos mil

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  5. Será que o livro tem mais a acrescentar que o filme, é lindo mais acho que todo mundo cansou de ver o filme, não sabia que tinha o livro, achei legal.

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  6. Já assisti este filme "trocentas" vezes e sabe que não enjoei. Quem não assistiu e sonhou com esta linda estória de amor adolescentes. Que bom que agora tem livro. Assim muitas jovenzinhas poderão sonhar também.

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  7. Incrível !!!
    Já assisti o filme, mais estou doida para ler o livro.
    É uma história muito emocionante, pois, quando eles vão para a ilha eles são apenas crianças, mais eles sobrevivem, tem um filho, é uma história surpreendente.

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